“Quero expressar, de forma veemente, a reafirmação da importância de tornar navegável a hidrovia Araguaia-Tocantins e o sentimento de indignação do povo paraense com a forma como é tratada a questão pelo governo federal”, disse o deputado federal, Lúcio Vale (PR/Pa) ao ocupar nesta terça-feira, 12, a tribuna da Câmara Federal para, mais uma vez, cobrar providências quanto à conclusão da hidrovia Araguaia –Tocantins e do porto de Belém, obras que vêm sendo prometidas há anos pelo governo federal, mas que vem sendo adiadas sem previsão para o seu começo.

No ano passado, ele também subiu à tribuna para pedir melhorias à infraestrutura de transporte no Pará, apelando ao Ministério dos Transportes atenção especial às obras do Pedral do Lourenço, imprescindíveis à navegação no Rio Tocantins.

Em seu discurso, ele lembrou que nos inúmeros contato feitos com o Ministério do Planejamento, desde 2010, quando foram inauguradas as eclusas de Tucuruí, vinha recebendo a informação de que o início das obras do derrocamento já estava com data marcada ou de que tinha sido autorizada a licitação.

“Em todas essas ocasiões, nos reiteraram o firme compromisso do executivo de que até o final de 2012 a hidrovia Araguaia-Tocantins estaria operando, mas já estamos em 2013 e a espera continua”, lamentou Vale, informando ainda que a obra chegou a ser licitada, um consórcio de empresas foi escolhido para a sua realização, mas, em dezembro de 2011, a licitação foi anulada, segundo ele.

Para o parlamentar a execução dessas obras vai permitir o livre curso da navegação durante todo o ano, inclusive para embarcações de grande porte, o que transformará os rios Araguaia e Tocantins numa hidrovia de interligação do centro-oeste brasileiro ao sul do Pará e ao Porto de Vila do Conde, numa extensão aproximada de 2,.8 quilômetros. “Por ali se escoará a produção dessas regiões e , estará completada, portanto, a plataforma logística intermodal dos transportes terrestre, aquaviário e ferroviário das regiões Centro-oeste e Norte, beneficiando os estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão”, explicou o deputado, conclamando a sociedade paraense a não se calar diante do problema. “A sociedade paraense não pode e não deve se calar e, nós parlamentares, como seus representantes, não podemos nos omitir e é esta a razão pela qual ocupo hoje esta tribuna”, frisou.